A expansão do governismo estadual nos municípios interioranos é uma realidade concreta, constatada no adesismo de pequenos veículos da imprensa (estamos incluindo os blogueiros) e em manifestações públicas de atores políticos apoiando ao governo.
Na eleição para a federação estadual dos municípios, venceu o candidato do governador, como foi amplamente divulgado. A perspectiva de atuar em parceria com o governo do estado parece ter sido suficiente para que os prefeitos municipais optassem por mudar o comando na FEMURN. Venceu a chapa encabeçada por dois jovens políticos governistas, próximos ao governador: o prefeito de Mossoró, Francisco José, e o de Assu, Ivan Júnior.
Há, porém, nuvens carregadas no horizonte. As restrições orçamentárias estão cada vez mais claras e, por mais que o governador protele, cedo ou tarde anunciará quais compromissos devem ser adiados. Certamente, procurará o menor prejuízo político possível, pois esse tipo de reversão de expectativas costuma se traduzir em uma avalanche de críticas na sociedade civil organizada, o que inclui a imprensa, sobretudo nos pequenos veículos, geralmente vinculados a administrações municipais por todo o estado.
Nesse caso, é importante para o governador ser próximo de lideranças prestigiadas por sindicatos, de prefeitos municipais e proprietários de emissoras de rádio, televisor e de jornais.
Mesmo em momentos de escassez, é possível estimular o crescimento de partidos da base. Lideranças políticas se alinham a essas agremiações governistas visando acessar mais facilmente os benefícios de ser governo. Se partidos do governo enfrentarem dificuldades internas para, como se costuma dizer, “ceder a legenda”, valorizarão os demais, que crescerão e ganharão ainda mais musculatura.
A criação do PL, por exemplo, se confirmada, poderia e muito provavelmente atrairia quadros do DEM, PSB, PROS e outros. Assim, seria mais fácil para o governador almejar vencer em mais de cinco dezenas de municípios, considerando apenas o seu próprio grupo político (PSD e PL) e desconsiderando os demais partidos de sua coalizão.
Gostaríamos de chamar a atenção para três nomes de jovens políticos do interior do estado que provavelmente participarão ativamente da base governista: Francisco José (PSD), prefeito de Mossoró; Ivan Júnior (ainda no PROS), de Assu; e Fabrício (por enquanto no DEM), de Pau dos Ferros.
Individualmente, os três podem almejar a continuidade de suas carreiras políticas no legislativo estadual. Francisco José, provavelmente, pode pensar em futuramente concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados (para os outros dois, seria menos provável, mas possível).
Em comum, os três obtiveram vitórias maiúsculas em suas respectivas eleições. Fabrício e Ivan Júnior encontraram condições políticas para apoiar, no segundo turno de 2014, o governador Robinson (ambos contaram com o inestimável auxílio de seus adversários locais).
Tanto Ivan Júnior quanto Fabrício romperam com os grupos políticos tradicionais que lhe deram sustentação e agora antagonizam com esses. Ao que tudo indica, o grupo opositor da administração em Pau dos Ferros é muito mais contundente do que o de Assu.
Para Fabrício, assinar a ficha de filiação do PL seria uma solução possível para que pudesse concorrer à reeleição, deixando o Democratas. Obviamente, é possível uma reconciliação com o seu atual partido que lhe favoreça.
Já Ivan Júnior, que não concorrerá em 2016 por já ser prefeito reeleito, possivelmente procurará um cargo de destaque na administração Robinson. Para isso, deve se mostrar um político confiável, com posições claras, contrariando o que dizem seus adversários sobre si. Provavelmente, se empenhará em fazer seu sucessor, possivelmente Patrício Júnior (outro nome que poderá engrossar as fileiras do PL).
É facilmente perceptível, portanto, que nessas três cidades polos, o governismo estadual se apresentará de maneira renovada, com o frescor da juventude. Uma renovação como a que se costuma assistir de tempos em tempos no nosso estado, vinculadas a grupos e práticas tradicionais. Um remoçar político que não se caracteriza apenas pela idade dos seus líderes, mas pela capacidade de amealhar grande quantidade de votos e gozar de índices elevados de popularidade.
Fonte: O Potiguar
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| Ivan Junior, prefeito de Assu e Francisco José Junior, prefeito de Mossoró. |
Há, porém, nuvens carregadas no horizonte. As restrições orçamentárias estão cada vez mais claras e, por mais que o governador protele, cedo ou tarde anunciará quais compromissos devem ser adiados. Certamente, procurará o menor prejuízo político possível, pois esse tipo de reversão de expectativas costuma se traduzir em uma avalanche de críticas na sociedade civil organizada, o que inclui a imprensa, sobretudo nos pequenos veículos, geralmente vinculados a administrações municipais por todo o estado.
Nesse caso, é importante para o governador ser próximo de lideranças prestigiadas por sindicatos, de prefeitos municipais e proprietários de emissoras de rádio, televisor e de jornais.
Mesmo em momentos de escassez, é possível estimular o crescimento de partidos da base. Lideranças políticas se alinham a essas agremiações governistas visando acessar mais facilmente os benefícios de ser governo. Se partidos do governo enfrentarem dificuldades internas para, como se costuma dizer, “ceder a legenda”, valorizarão os demais, que crescerão e ganharão ainda mais musculatura.
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| Fabrício Torquato, Prefeito de Pau dos Ferros |
Gostaríamos de chamar a atenção para três nomes de jovens políticos do interior do estado que provavelmente participarão ativamente da base governista: Francisco José (PSD), prefeito de Mossoró; Ivan Júnior (ainda no PROS), de Assu; e Fabrício (por enquanto no DEM), de Pau dos Ferros.
Individualmente, os três podem almejar a continuidade de suas carreiras políticas no legislativo estadual. Francisco José, provavelmente, pode pensar em futuramente concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados (para os outros dois, seria menos provável, mas possível).
Em comum, os três obtiveram vitórias maiúsculas em suas respectivas eleições. Fabrício e Ivan Júnior encontraram condições políticas para apoiar, no segundo turno de 2014, o governador Robinson (ambos contaram com o inestimável auxílio de seus adversários locais).
Tanto Ivan Júnior quanto Fabrício romperam com os grupos políticos tradicionais que lhe deram sustentação e agora antagonizam com esses. Ao que tudo indica, o grupo opositor da administração em Pau dos Ferros é muito mais contundente do que o de Assu.
Para Fabrício, assinar a ficha de filiação do PL seria uma solução possível para que pudesse concorrer à reeleição, deixando o Democratas. Obviamente, é possível uma reconciliação com o seu atual partido que lhe favoreça.
Já Ivan Júnior, que não concorrerá em 2016 por já ser prefeito reeleito, possivelmente procurará um cargo de destaque na administração Robinson. Para isso, deve se mostrar um político confiável, com posições claras, contrariando o que dizem seus adversários sobre si. Provavelmente, se empenhará em fazer seu sucessor, possivelmente Patrício Júnior (outro nome que poderá engrossar as fileiras do PL).
É facilmente perceptível, portanto, que nessas três cidades polos, o governismo estadual se apresentará de maneira renovada, com o frescor da juventude. Uma renovação como a que se costuma assistir de tempos em tempos no nosso estado, vinculadas a grupos e práticas tradicionais. Um remoçar político que não se caracteriza apenas pela idade dos seus líderes, mas pela capacidade de amealhar grande quantidade de votos e gozar de índices elevados de popularidade.
Fonte: O Potiguar
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